Conteúdo gerado por IA: como identificar em 8 dicas
A produção de conteúdo por IA (inteligência artificial) está em ascensão, transformando significativamente o ambiente digital. Com a proliferação de ferramentas como ChatGPT e outros geradores de texto, é importante que empresas e profissionais saibam como identificar esse tipo de conteúdo.
Entender as nuances entre textos gerados por humanos e por IA pode ser fundamental para garantir a qualidade do material publicado em sites e blogs.
Neste post, apresentaremos 8 dicas práticas para identificar conteúdo gerado por IA, especialmente no contexto de marketing de conteúdo.
O impacto do conteúdo gerado por IA no ambiente digital
Com a popularização de modelos como o ChatGPT, mais de 57% do conteúdo disponível na internet já é gerado por IA, segundo um estudo da Amazon.
Isso levanta uma série de preocupações sobre a qualidade e autenticidade das informações, especialmente quando se trata de materiais usados para fins comerciais, como blogs corporativos e páginas de e-commerce.
Embora a IA possa otimizar o processo de produção de conteúdo, a baixa qualidade gerada pela repetição de padrões e pela falta de personalização pode prejudicar a experiência do usuário.
Como identificar conteúdo gerado por IA: 8 dicas
Vejamos agora as orientações que separamos para você conseguir reconhecer conteúdos feitos por inteligência artificial.
1. Repetição e redundância
Textos gerados por IA tendem a ser repetitivos, utilizando frequentemente expressões semelhantes e redundantes. Isso ocorre porque as IAs trabalham com padrões pré-estabelecidos, o que pode gerar parágrafos com frases repetitivas e superficiais. Atente-se ao excesso de “crucial”, “em um mundo cada vez mais”, “jornada”, “explorar”, entre outras que são marcas comuns de textos automáticos.
2. Falta de profundidade
Conteúdos de IA frequentemente carecem de profundidade e nuances. Quando um texto apresenta ideias muito generalizadas ou não explora a complexidade de um tema, pode ser um indício de que foi gerado por IA. Modelos de IA geralmente não têm a capacidade de argumentação complexa e crítica como um redator humano, tornando o conteúdo mais “raso”.
3. Erros gramaticais e sintáticos estranhos
Embora a IA seja capaz de gerar textos gramaticalmente corretos, a sintaxe pode parecer “robótica” ou incomum. Isso acontece porque o sistema cria frases prevendo a próxima palavra mais provável, sem entender totalmente o contexto. Erros como construções de frases desajeitadas ou usos incomuns de palavras podem indicar conteúdo automatizado.
4. Generalizações vagas
Modelos de IA muitas vezes dependem de afirmações vagas e generalizações. Um bom exemplo disso é quando o texto responde a perguntas de maneira superficial e sem detalhes específicos. Além disso, quando confrontados com um argumento, os textos gerados por IA tendem a responder de maneira evasiva, sem informações precisas.
5. Referências temporais desatualizadas
A IA pode ter dificuldades em lidar com eventos atuais ou informações que mudam rapidamente. Por exemplo, se um texto falar de tendências tecnológicas sem mencionar eventos recentes, ou se estiver desatualizado em relação a fatos importantes, há uma grande chance de que tenha sido gerado automaticamente.
6. Alucinações
Outro aspecto a ser observado são as chamadas “alucinações” de IA, isto é, quando o conteúdo gera informações que parecem plausíveis, mas que, na verdade, são falsas. Ferramentas como o ChatGPT podem apresentar dados que parecem corretos, mas que, ao serem verificados, mostram-se imprecisos ou inventados. Isso ocorre porque a IA combina dados de diferentes fontes, muitas vezes sem verificar a veracidade.
7. Sem opinião ou argumentação
Textos gerados por IA geralmente não possuem uma opinião forte ou uma argumentação apurada. A escrita é frequentemente neutra, não se comprometendo com pontos de vista claros ou opiniões fundamentadas, algo que redatores humanos tendem a fazer com base na buyer persona, principalmente em temas complexos.
8. Comparação de conteúdo similar
Algumas ferramentas (sobre as quais falaremos mais adiante) podem ser usadas para identificar semelhanças entre textos e imagens. A IA utiliza “pedaços” de conteúdos já existentes na internet para formar seu texto, o que muitas vezes resulta em plágio ou similaridade com outros materiais disponíveis online.
Ferramentas para identificar conteúdo gerado por IA
Com a evolução da IA, surgem também ferramentas especializadas para identificar esse tipo de conteúdo. Algumas das mais eficazes incluem:
- Originality.AI: essa ferramenta usa aprendizado de máquina para detectar padrões típicos de conteúdos gerados por IA;
- GPTZero: focada no ChatGPT, ela analisa textos e compara-os com um banco de dados de conteúdo gerado por humanos e IA, facilitando a identificação;
- Copyleaks AI Content Detector: projetada para detectar textos gerados por modelos como o GPT-4, pode identificar plágio e verificar a autenticidade do conteúdo em vários idiomas(2401.05749v2).
Essas ferramentas são essenciais para empresas que desejam garantir a originalidade do material em seus sites e blogs, especialmente quando o SEO está em jogo.
O impacto no SEO e a posição do Google
A qualidade do conteúdo é um dos fatores mais importantes para o ranqueamento no Google. Em 2024, o Google reforçou suas diretrizes, priorizando conteúdos originais e relevantes. O uso de IA para produzir conteúdo pode ser uma faca de dois gumes: se mal utilizado, pode prejudicar a classificação do site nas páginas de resultados de busca (SERP).
Por isso, o Google recomenda usar a IA como uma ferramenta de apoio, mas não como a principal fonte de criação de conteúdo.
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CEO da Agência Henshin e consultor de marketing digital, fascinado por marketing de conteúdo e admirador da cultura japonesa.