Afinal, o SEO está morto? Saiba o que diz a Google
Nos últimos anos, a indústria de SEO tem enfrentado debates constantes sobre sua relevância diante da evolução das tecnologias de busca. Com a introdução de modelos de inteligência artificial (IA) mais sofisticados, a pergunta “SEO está morto?” voltou a ser tema de discussão.
O recente episódio do podcast Search Off the Record, produzido pela equipe do Google Search, trouxe à tona novas perspectivas sobre a relação entre IA e SEO, revelando divergências entre as expectativas de profissionais do setor e a visão da própria Google.
Como a IA está alterando o panorama do SEO
Durante o episódio, John Mueller, Gary Illyes, Lizzi Sassman e Martin Splitt discutiram como a integração da IA nas buscas está transformando o cenário digital. Segundo Gary Illyes, a previsão de que SEO estaria em declínio é algo recorrente desde 2001. Ele destacou que, apesar das mudanças tecnológicas, o SEO continua sendo um pilar essencial para garantir a visibilidade de sites na internet.
No entanto, a introdução de sistemas como o RAG (Retrieval Augmented Generation), que combina informações de índices de busca com modelos de linguagem para gerar respostas mais precisas, levanta questionamentos sobre a forma como a otimização deve ser feita. Martin Splitt explicou que, mesmo com a evolução da inteligência artificial, os processos de indexação e rastreamento de conteúdo permanecem relevantes, uma vez que os mecanismos de busca ainda dependem desses fatores para organizar as informações.
Segundo dados da indústria, mais de 60% do tráfego de muitos sites ainda provém de buscas orgânicas. Esse dado reforça a importância de continuar investindo em estratégias de SEO bem estruturadas, mesmo em um ambiente onde a IA desempenha um papel crescente.
Três grandes mudanças provocadas pela IA no SEO
Embora a Google insista que a essência do SEO não mudou, há três grandes transformações que preocupam os especialistas.
Desaparecimento das SERPs tradicionais
Os dez links azuis, que por muito tempo dominaram a página de resultados, tornaram-se obsoletos. Com o aumento das respostas diretas geradas por IA e dos trechos em destaque, a importância de estar na primeira página mudou drasticamente.
Mudanças nas consultas de busca
As pesquisas realizadas pelos usuários estão cada vez mais complexas, com perguntas em linguagem natural. Isso exige que os criadores de conteúdo adaptem suas estratégias, priorizando a qualidade e a contextualização.
Instabilidade dos algoritmos
Com algoritmos baseados em IA, a instabilidade se tornou uma constante. Mudanças frequentes nos critérios de ranqueamento afetam diretamente a previsibilidade dos resultados, prejudicando a estabilidade do ecossistema digital.
Essas alterações impactam principalmente pequenos e médios editores, que frequentemente veem seu tráfego despencar sem aviso prévio. No episódio do podcast, os participantes mencionaram que parte dessa instabilidade decorre de ajustes contínuos nos algoritmos para melhorar a precisão e a relevância das respostas fornecidas aos usuários.
O papel do RAG na busca por relevância
Um dos pontos centrais da discussão foi o RAG, tecnologia que permite a geração de respostas baseadas em informações atualizadas retiradas de bancos de dados e índices de busca. John Mueller afirmou que essa abordagem mantém o SEO relevante, uma vez que o conteúdo continua precisando ser rastreável e indexável para ser utilizado pelos modelos de IA.
Apesar disso, muitos profissionais do setor enxergam com cautela a adoção dessa tecnologia. Enquanto a Google garante que o RAG aprimora a precisão das respostas, especialistas alertam para a possibilidade de maior controle algorítmico sobre quais fontes são consideradas relevantes.
Desafios futuros para o SEO
O futuro do SEO dependerá de como as empresas se adaptarão a essas novas dinâmicas. Investir em conteúdo de alta qualidade, construir autoridade e garantir a acessibilidade continuam sendo elementos cruciais. Além disso, compreender o funcionamento dos algoritmos de IA e como eles impactam o ranqueamento será vital para manter a competitividade no mercado digital.
Outro ponto levantado por Martin Splitt foi a importância de educar os profissionais de marketing digital sobre essas mudanças. Em eventos realizados ao longo de 2024, ficou claro que muitos especialistas ainda possuem dúvidas básicas sobre como lidar com as novas ferramentas de busca, o que indica a necessidade de mais iniciativas de capacitação.
Portanto, apesar das incertezas, afirmar que “SEO está morto” é precipitado. O que se observa é uma evolução contínua, onde a inteligência artificial desempenha um papel fundamental na redefinição das melhores práticas. Para aqueles que desejam se destacar, entender e se adaptar a esse novo contexto será o diferencial.
Ou seja, SEO está morto? Não, está evoluindo
Embora a discussão persista, a realidade é que a prática continua essencial em um ambiente digital cada vez mais competitivo e dinâmico. A integração de IA nas buscas traz desafios, mas também oferece oportunidades para aqueles que souberem como aproveitá-las.
Logo, mesmo com as constantes mudanças nos algoritmos e a crescente presença de respostas automáticas, o SEO permanece relevante. A chave está em manter-se a par das últimas novidades, entender as novas dinâmicas e continuar investindo em estratégias que garantam a visibilidade nos resultados de busca.
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CEO da Agência Henshin e consultor de marketing digital, fascinado por marketing de conteúdo e admirador da cultura japonesa.